23 de Abril
História do Escotismo no Brasil
II - Chegada ao BrasilA primeira notícia sobre o Escotismo publicada no Brasil foi no dia 1º de dezembro de 1909, no número 13 da revista Ilustração Brasileira editada no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, e com circulação nacional. A reportagem tinha o título : Scouts e a Arte de Scrutar; ocupava três páginas e apresentava 7 fotografias. A matéria fora preparada na Inglaterra pelo 1º Tenente da Marinha de Guerra Eduardo Henrique Weaver, onde se encontrava a serviço.
Teve, assim, a oportunidade de presenciar o nascimento do Movimento Escoteiro – Scouting for Boys, criado em 1907 pelo General Inglês Baden-Powell – B. P. Na época, juntamente com o Tenente Weaver, encontrava-se na Inglaterra numeroso contigente de Oficiais e Praças da Marinha – preparava-se para guarnecer os novos navios da esquadra brasileira em construção. Um grupo de suboficiais de entusiasmou com o revolucionário método de educação complementar imaginado por B-P. Entre eles estava o Suboficial Amélio Azevedo Marques que fez com que seu filho Aurélio ingressasse em um dos Grupos Escoteiros locais. Assim, o jovem Aurélio Azevedo Marques foi o primeiro Escoteiro Brasileiro ou, mais precisamente, o primeiro Boy Scout brasileiro.
Quando da vinda para o Brasil, os militares trouxeram consigo uniformes escoteiros ingleses, no valor de trinta libras esterlinas. O Encouraçado "Minas Gerais", navio onde estava embarcada a maioria dos militares interessados em trazer para o Brasil o Movimento Escoteiro, chegou ao Rio de Janeiro em 17 de abril de 1910. No dia 14 de junho do mesmo ano, na casa número 13 da Rua do Chichorro no Catumbi, Rio de Janeiro, reuniram-se, formalmente, todos interessados pelo escotismo e embarcados nos navios que haviam chegado ao Brasil. Naquele local foi oficialmente fundado o Centro de boys Scouts do Brasil.
O evento foi informado aos jornais, os quais publicaram a carta recebida da Comissão Diretora. A correspondência enviada começava nos seguintes termos: À imprensa desta capital, brilhante e poderoso fator de progresso, campeã de todas as idéias nobres, vem o Centro de Boys Scouts do Brasil, solicitar o auxílio de sua boa vontade, o esteio de que necessita para que em todos os lares brasileiros penetre o conhecimento do quanto à Pátria pode ser útil a instrução dos Boys Scouts.
Anexo a comunicação foi enviado documento que descrevia as Bases do Centro de Boys Scouts do Brasil que assim começava:
1º - fica nesta data instituída uma sociedade de instrução, diversões e esportes para meninos, semelhante em tudo que for possível a dos "Boys Scouts" da Inglaterra.
O tomo I – 1910 – 1924 - Os primórdios do Escotismo do Brasil da história do Escotismo Brasileiro, de autoria do Almirante Bernard David Blower, editado pelo Centro Cultural do Movimento Escoteiro em 1994, é a publicação de referência para a obtenção de informações mais complexas sobre este assunto que está sendo abordado de maneira sucinta.
Do mencionado livro, ao final do capítulo II – Introdução no Brasil, transcreve-se: infelizmente, por diversas razões, a existência do Centro (referindo-se ao Centro de Boys Scouts do Brasil) foi efêmera; entre essas razões estavam o fato que de os dirigentes do Centro viajavam constantemente e mesmo por terem alguns sido transferidos para unidades fora do Rio de Janeiro, além da falta de conhecimento do pais sobre o alcance da novel instituição concorrendo para a freqüente ausência de seus filhos às atividades escoteiras de campo. Segundo informações, já em 1914 não mais existia o Centro. E mais adiante: No entanto, a semente lançada ainda daria fruto como demostra o capítulo IV.
II – Scout – Escoteiro; Boys Scouts – Escoteirismo, Escotismo?
Sem dúvida, os brasileiros que se encontravam na Inglaterra ao final da primeira década deste século tiveram dificuldades para traduzir os termos ingleses "Scout" e "Scouting for Boys" adotados por B-P quando criou o novo método educacional.
O tenente Weaver procurou encontrar, no vasto vocabulário da língua portuguesa, palavras que tivessem o mesmo significado; optou pela linguagem escorreita, e empregou o verbo escrutar, que significa: "sondar, examinar a fundo os corações, a consciência, prescutar, fazer o possível para entrar no perfeito conhecimento das coisas; procurar descobrir o que é oculto, encoberto; indagar".
A origem é latina, de "scrutare". Usou a grafia scrutar, vocábulo cujas iniciais são as mesmas do scout / scouting. Já os Suboficiais, que haviam tomado a decisão de concretizar a implantação do método criado por Baden-Powell tão logo chegasse ao Brasil, não se preocuparam em criar uma nova palavra e usaram o termo em inglês ao designarem a instituição que fundaram no Brasil. Na Itália, a versão do "Scouting for Boys" foi "Scoutismo".
Na maioria dos países de língua espanhola são usados vocábulos ingleses. Em Portugal é usado o termo Escuta. No Brasil, os vocábulos Escoteiro e Escotismo, com os mesmo significados das palavras adotadas por B-P na sai língua, surgiram em 1914, quando da Fundação Brasileira de Escoteiros – ABE, em São Paulo como será apresentado no item IV.
Só mais tarde os dicionários brasileiros acrescentaram, no verbete Escoteiro, o significado: membro de associação de meninos ou adolescentes organizada segundo o sistema de Baden-Powell. Até então, escoteiro era quem viajava livre, desembaraçado, sem comitiva, sem bagagem; e escotismo era a doutrina de Escoto, teólogo da doutrina de São Tomaz. Ao final da década de 10, sob alegação de natureza semântica, foi também adotado o termo Escoterismo, que caiu em desuso pouco mais tarde.
Surpreendentemente, no Brasil ainda ocorre a impropriedade na tradução das palavras scout e scouting usadas por Baden-Powell, no tempo em que servia no Exército Inglês. Na linguagem militar, o esclarecedor (em inglês o scout) é o observador, o batedor, a quem cabe a difícil tarefa de esclarecer (scouting for boys) penetrando no território inimigo, sem ser percebido, para colher informações úteis ao planejamento das operações. Assim, traduzi-los por escoteiros ou escotismo, resultará no disparate de se produzir o termo Escotismo Militar!
III – Novas "Descobertas" – 1912 A 1915
Certamente, muitos brasileiros estiveram na Europa nos anos que se seguiram à criação do Escotismo em 1907. Há notícias de mais três deles que, ao conhecê-lo, empreenderam esforços para traze-lo para o Brasil:
1º - Dr. Márcio Cardim:- Percorreu a Europa a serviço do país. Em junho de 1910, na cidade de Delft, Holanda, encontrou Escoteiros e passou a se interessar pelo Movimento. Quando em Londres, aprofundou os seus conhecimentos sobre o Escotismo, ocasião em que esteve pessoalmente com Baden Powell. Regressou em 1913 a São Paulo, onde residia, e iniciou uma campanha jornalística de divulgação do Escotismo no "Estado de São Paulo". Participou ativamente da fundação da ABE realizada em novembro de 1914.
2º - Sra Jeronima Mesquita: - Residia em Paris e, por conta própria, mandou imprimir muitos milheiros de folhetos de propaganda com tradução do código e juramento (Lei e Promessa como denominados mais tarde) e, ainda, tradução de trabalhos de B-P. remeteu-os para São Paulo ao Dr. Ascanio Cerqueira, a quem concitava para ali fundar uma associação de escoteiros. Na primeira Diretoria da ABE, o Dr. Ascanio Cerqueira foi um dos Vice Diretores e, Secretários, o Dr. Mário Cardim.
3º - Professor George Black:- Representou a Sociedade de Ginástica Porto Alegre – SOGIPA no Festival de Ginástica de Munique. Na sua passagem pela Alemanha encontrou-se com a organização, métodos educativos e orientação dos jovens na formação das suas cidadanias, ministrados no Grupo de Escoteiros da Sociedade de Ginástica de Munique. Colheu subsídios e, ao retornar ao Brasil, em fins de 1913, fundou um Grupo Escoteiro na SOGIPA. Em 1963 o Grupo passou a se denominar George Black que comemorou 85 anos de atividade em 1998!
O CCME- CENTRO CULTURAL DO MOVIMENTO ESCOTEIRO que, estatutariamente, se destina a fomentar o Escotismo, tem um programa para editar a série "ESCOTISMO BRASILEIRO". Além do primeiro livro já editado e acima referido, seguem-se os demais que correspondem a cada um dos Estados da Federação. Espera-se que, na medida em que forem sendo publicados, sejam mais bem esclarecidas as minudências da História da Escotismo das Regiões Escoteiras que integram a União dos Escoteiros do Brasil.
Nesta breve notícia sobre o início do Escotismo no Brasil, por vezes, são indicados pontos controversos ou insuficientemente esclarecidos. Há que se aguardar a chegada dos novos Tomos, mesmo porque a História jamais poderá ser considerada como inteiramente esclarecida e escrita em termos definitivos. Presentemente, são escassas as informações disponíveis no CCME relativas às iniciativas para a criação de organizações escoteiras nos anos que antecederam a fundação da ABE e que, à semelhança do Centro de boys Scouts do Brasil, tiveram vida efêmera.
No período de 1912 a 1915, o Escotismo foi "descoberto" nos seguintes Estados:
1 – 4 de julho de 1912: - Criação da "PATRULHA DE TREINAMENTO" no Realengo, DF, RJ, sob os auspícios do Tiro de Guerra 112. A direção era do Primeiro Tenente do Exército Antônio Freire de Vasconcellos tendo como auxiliares Gabriel Skinner, Lafayete de Oliveira e I.S. Campos. Quando for escrito o Tomo XX – História do Escotismo no Estado do Rio de Janeiro, essa notícia poderá ser ampliada.
2 – 13 de janeiro de 1913: - O Professor Curt Boett fundou em Blumenau, SC um Grupo Escoteiro. Quando for elaborado o Tomo XXV alusivo ao Escotismo em Santa Catarina, é de se esperar que esta notícia seja completada com mais dados.
3 – 1913: - " NOTAS DE UM ESCOTISTA – 1913-1928" escritas por Benjamim Sodré, logo na primeira página, lê-se: Encontrei na Livraria Briguet um exemplar do "LE LIVRE DE LECLAIREAUR" de Royet, edição de 1913. Lí-o com avidez e entusiasmei-me vivamente pelo Movimento alimentando desde logo a idéia da organização de um Grupo no Botafogo. Em janeiro de 1913 Benjamim Sodré foi promovido a Guarda – Marinha após concluir o curso da Escola Naval.
Nas referidas Notas afirmou: os estudos, o naufrágio do "GUARANY" (navio onde estava embarcado e que naufragou em outubro de 1913 quando participava de exercícios da Esquadra produzindo a morte de 8 dos seus colegas de turma) impediram-me de fazê-lo. Só em 1916 Sodré pôs em prática os ensinamentos de Baden Powell entre os jovens integrantes do Departamento Infanto-Juvenil do Botafogo Futebol e Regatas onde era jogador famoso no time do Clube.
Benjamim Sodré tornou-se figura exponencial no Escotismo Brasileiro com participação efetiva pôr mais de cinqüenta anos. Tornou-se oportuno ressaltar o fato de uma Livraria brasileira, já em 1913, oferecer ao público um livro sobre Escotismo, em versão francesa, o que comprova a rapidez de disseminação do movimento com cerca de quatro anos de sua fundação.
4 – 1914: - Há notícia da organização de um Grupo Escoteiro no Ginásio Júlio de Castilhos em Porto Alegre, RS. A iniciativa foi da Professora Camila Furtado Alves e do Tenente do Exército Tancredo Gomes Ribeiro, havendo indícios de o fato haver ocorrido em 1910. Aguarda-se a edição do Tomo XXII que irá tratar da História do Escotismo gaúcho para dirimir essa relevante dúvida.
5 – 23 de dezembro de 1914: - É instalado o GRÊMIO DOS BANDEIRANTES MINEIROS, na cidade de Rio Novo, a 45 Km. de Fora, sob a direção do Tenente Alípio Dias e inspiração do Professor Alípio de Araújo, literato e jornalista que defendeu essa denominação para traduzir Boy Scout. Em 20 de junho de 1915 é fundado o GRÊMIO DE BANDEIRANTES DE JUIZ DE FORA, que se reunia no Tiro de Guerra nº 17, sob a Presidência do Dr. Benjamim Colussi. Espera-se que o Tomo XIV apresente mais detalhes sobre aquelas meritórias iniciativas.
6 – 1915: - Por iniciativa do Comandante Anfilóquio Reis é criado um Grupo Escoteiro na 4ª Escola Masculina do Distrito Federal, sob a direção de Gelmirez de Mello, Chefe Escoteiro que veio a ser um dos lideres do Escotismo do Mar e Dirigente Nacional da União dos Escoteiros do Brasil – UEB.
IV – ESCOTISMO EM BASES SÓLIDAS
A fundação da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESCOTEIROS decorreu da convergência de esforços como anteriormente mencionado. Em 15 de agosto de 1914 realizou-se a Sessão Preparatória da Associação a ser criada em breve.
A reunião contou com nomes de destaque da vida política e cultural de São Paulo, diretores de estabelecimentos de ensino como Colégio Mackensie, Colégio Anglo Americano, Escola Americana, Ginásio São Bento, Diretor da Faculdade de Medicina, Secretários de Justiça e de Segurança Pública do Estado. Alguns nomes merecem ser citados: - Dr. Mário Cardim, já mencionado anteriormente. Homem de ação, tomou as providências necessárias para a efetivação da idéia de criar a ABE; convidou rapazes de 11 a 18 anos para imediato engajamento com o Escotismo e redigiu os Ante-Projetos de Estatuto e Regulamento da nova instituição,- Júlio de Mesquita, Diretor do "Estado de São Paulo", que deu apoio entusiasta à causa, - Dr. Ascanio Cerqueira que recebeu o material informativo enviado de Paris pela Sra. Jeronima mesquita.
No dia 29 de novembro de 1914, no Skating Palace, na capital paulista, numa assembléia pública a que compareceram cerca de 600 escoteiros inscritos e mais as pessoas gradas que parte na reunião do dia 15 de agosto, além de representantes do Estado e do Município, Comando da Reunião Militar e da Força Pública e diversos Diretores de Estabelecimentos de Ensino, foram lidos pelo Dr. Mário Cardim os Estatutos e o Regulamento da Associação brasileira de Escoteiros, a seguir aprovados.
A ABE irradiou o Movimento para todo o país, com representação em Minas Gerais, Paraná, Espirito Santo, Paraíba, Amazonas, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina; já em 1915 existia em quase todos os Estados.
Em 1915 o Deputado Federal por São Paulo César de Lacerda Vergueiro, amigo do Dr. Mário Cardim, apresentou proposta para reconhecer o Escotismo como de Utilidade Pública. O Projeto resultou no Decreto do Poder Legislativo nº 3297 sancionado pelo Presidente Wenceslau Braz em 11 de junho de 1917 que no Art. 1º estabelecia: - "São considerados de utilidade pública, para todos os efeitos, as associações brasileiras de escoteiros com sede no país.
Em 1915 é iniciada a publicação do "JORNAL DA ABE" edição pela Associação.
Há que se destacar outra iniciativa pioneira da ABE tomada em dezembro de 1914, logo após a sua fundação: - a criação do ESCOTISMO FEMININO em São Paulo que "deveria seguir caminho paralelo e independente do Movimento Escoteiro do sexo masculino". Foi criado o Departamento Feminino que contava com Mrs. Kathen Crompton como Instrutora Chefe. Houve troca de correspondência com a Gril Guide Association de Londres, presidida pela Sra. Baden Powell que encaminhou para o Brasil o Manual das Gril Guides e outras publicações técnicas. A iniciativa foi coroada de sucesso, com filiação em muitas cidades paulistas, bem como das ESCOTEIRAS DO ALECRIM no Rio Grande do Norte.
No Tomo I da História do Escotismo Brasileiro há um capítulo tratando especialmente de A MULHER NO ESCOTISMO. O livro descreve, também, as circunstâncias em que, na cidade do Rio de Janeiro, em 13 de agosto de 1919, foi fundado o Movimento Bandeirante do Brasil que sem nenhum vínculo institucional com o Movimento Escoteiro.
Em 1916 é instalada a primeira Escola de Chefes da ABE sob a direção do Coronel Pedro Dias de Campos, que fez parte da primeira Diretoria da Associação. No então Distrito Federal, no Rio de Janeiro, o prefeito Azevedo Sodré, tendo, em 1915, recebido os folhetos da ABE, introduziu a instalação do Escotismo nas Escolas Públicas.
Em 1917, sob o patrocínio da ABE, foi realizado em São Paulo um Congresso Escoteiro, o primeiro do Brasil. Dispõe-se de poucos dados sobre aquele evento; da mesma maneira, aguarda-se a edição do Tomo XXVII alusivo à História do Escotismo de São Paulo para enriquecer esta informação tão relevante.
Incontestavelmente, a fundação da ABE em São Paulo se constituiu no fato decisivo para a consolidação do Escotismo no Brasil. Foi condição necessária; mas não foi suficiente para impedir o seu crescimento desordenado.
V – CRESCIMENTO DESORDENADO
A partir de 1915, em todo o Brasil, passaram a despontar várias organizações escoteiras, algumas delas influenciadas pela atuação da ABE; outras tantas, por iniciativa própria.
Há registro de:
1915: - Associação Pernambucana de Escoteiros; Associação de Boys Scouts de vitória; Comissão Regional de Escoteiros do Paraná; Associação Paranaense de Escoteiros; Legião Amazonense de Escoteiros.
1916 – Grupo Escoteiro do Fluminense Football Club no Rio de Janeiro com a marcante participação da Sra. Jeronima Mesquita juntamente com Guilhermina Guinle e Arnaldo Guinle e Marco Pollo. Os dois últimos escreveram e editaram, no mesmo ano, O LIVRO DO ESCOTEIRO com introdução de Olavo Bilac e Coelho Neto, o que se constituiu no primeiro Manual Escoteiro editado no Brasil.
1917 – É fundada a Associação Maranhense de Escoteiros, informação que poderá ser ampliada no Tomo XI que irá tratar do Escotismo maranhense em particular e poderá revelar as circunstâncias em que foi tomada aquela iniciativa.
Em 29 de janeiro de 1917 foi fundada a LIGA DE DEFESA NACIONAL influenciada por Olavo Bilac, grande incentivador do Escotismo e batalhador pelo fomento do civismo no Brasil. Logo após a sua criação, a ABE aderiu à Liga de Defesa Nacional que, em 17 de abril de 1917, enviou correspondência às Associações de Escoteiros do Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Pernambuco pedindo-lhes que essas Associações se filiassem à de São Paulo. No ofício, a Liga de Defesa Nacional "comprometeu-se a fornecer a todas as Associações co-irmãs todas as informações necessárias ao funcionamento dos batalhões e enviando-lhes todas as publicações que já está distribuindo e vai distribuir". Foi aquela a primeira tentativa para centralizar o Movimento Escoteiro no Brasil evitando o seu crescimento desordenado.
Em 15 de novembro de 1917 foi criada a primeira Tropa de Escoteiros Católicos do Brasil na Paróquia de São João Baptista da Lagoa, no Rio de Janeiro, constituindo-se na Associação de Escoteiros Católicos daquela Paróquia. Até então, nas organizações escoteiras criadas no Brasil, incluindo-se a ABE, era adotado o sistema leigo como regime em suas Tropas.
Em 1919 surgiu a segunda Tropa de Escoteiros Católicos na Escola Popular de São Bento. Havia outras Tropas em pespectiva de fundação, mais imperou o bom senso de não criá-las sem que se pudesse contar com chefes competentes de modo a só se criarem Tropas bem dirigidas. O Dr. E. Peixoto Fortuna participou, com destaque, na criação daquelas duas Tropas. Como Presidente da União Católica Brasileira, o Dr. Peixoto Fortuna resolveu nela criar uma Escola de Instrutores que se instalou em 1º de agosto de 1919. Ultrapassando as dificuldades inicias, em 1920 a Escola já havia formado seis turmas, o que propiciou a criação da ASSOCIAÇÃO DE ESCOTEIROS CATÓLICOS DO BRASIL, instituição que paulatinamente, tornou-se importante e cresceu em efetivo.
Ainda em 1919 a nova Associação iniciou a edição do tablóide "O ESCOTEIRO". Os cincos primeiros números eram de propriedade da casa instalada no Rio de Janeiro "LA VILLE DE PARIS"; no cabeçalho, contava o seguinte: ÓRGÃO DEDICADO À DIVULGAÇÃO DO ESCOTISMO NO BRASIL – PARA DISTRIBUIÇÃO GRATUITA. A loja Ville de Paris tinha uma Seção de Escotismo "com uniformes completos e todos os artigos necessários aos Escoteiros". Em 1925, O ESCOTEIRO tornou-se o órgão oficial da UEB.
Em 1921, aquela Associação realizou um Jamboree intergrupos que se constituiu em assinalado triunfo para os Escoteiros Católicos. Com o nome de ASSOCIAÇÃO DE ESCOTEIROS CATÓLICOS DO BRASIL teve seu Estatuto aprovado, em 11 de junho de 1921, pelo Monsenhor Vigário-Geral do Rio de Janeiro. Logo depois, a Associação filiou-se à Organização Internacional, com sede em Londres, tornando-se, assim, a primeira e única Associação Escoteira brasileira reconhecida internacionalmente, situação que, mais tarde, passou a ser desfrutada pela UEB.
Em 1922, Àquela Associação filiou-se, na condição de co-fundadora, o Office Internacional des Scouts Catholique, com sede em Roma, sob as vistas do Papa e presidido pelo Conde Mário de Carpegna, líder do Escotismo Católico Internacional.
Demonstrando maturidade, no número de julho de 1920 do O ESCOTEIRO, editado pela Associação católica, aventou-se o plano da realização de um Congresso Escoteiro no rio de Janeiro, evento que foi realizado em 1922 e repetido em 1923. Paralelamente com os Congressos, foram realizados Jamboree que a Associação Católica considerou como tendo sido os primeiros efetivados no Brasil. Foi editado o "LIVRO DOS CONGRESSOS ESCOTEIROS DO BRASIL – 1922-1923. PRIMEIRO E SEGUNDO JAMBOREE BRASILEIROS. TÉSES E RELATÓRIOS". O Tomo I da História do Escotismo Brasileiro dedica o Capítulo VI aos CONGRESSOS E JAMBOREES realizados até 1924 e menciona os nomes dos membros dos Congressos, na maioria do Distrito Federal, mas contando também com representantes da ABE de São Paulo, Associação dos Escoteiros do Pará, Liga Amazonense de Escoteiros, Associação de Escoteiros do Alecrim, RN.; relaciona as moções, notas e propostas aprovadas e as Teses apresentadas, com os nomes dos sues autores e dos dois relatores de cada uma delas. Presidiu os dois Congressos o Dr. João E. Peixoto Fortuna.
A idéia da realização dos Jamborees foi levada em 1921 pelo chefe Gabriel Skinner. Continham uma parte escoteira e outra esportiva e alcançaram pleno sucesso.
A Igreja Metodista Americana do Rio de Janeiro, em1916, fundou uma Tropa de Escoteiros com o nome "Union Church Boy Scouts" que, em 1920, deixou o patrocínio da Igreja; passou a ser dependente e, no Conselho de Chefes realizado em 14 de maio de 1921, ficou decidido mudar o nome para "1st Rio Baden Powell Boys Scouts", e assim se registrou no "Boy Scouts Association" de Londres. Passou então a seguir rigorosamente as normas do Escotismo inglês, sendo suas publicações, uniformes e distintivos vindo da Inglaterra; aceitava jovens, não só ingleses, mas também de outras nacionalidades que falassem inglês, em Niterói, então capital do antigo Estado do Rio de Janeiro, havia uma Tropa filiada que denominava "1 st Nictheroy Baden Powell Group". As Tropas funcionaram naqueles moldes até 1942, quando foi decretada a nacionalização de todas as entidades estrangeiras, ocasião em que se associaram à Modalidade do Ar.
O Autor do Tomo I da História do Escotismo Brasileiro, Almirante Bernard David Blower, residiu quando jovem, em Niterói; ao final da década de 30, foi Escoteiro do "1st Nictheroy Baden Powell Group". Presentemente, aquele ilustre militar brasileiro é o Presidente do Conselho Deliberativo do Centro Cultural do Movimento Escoteiro.
VI – DESPONTA O REGENTE
No sentido figurativo, ao se iniciar a década de 30, havia considerável número de músicos, ou seja, de instituições escoteiras, firmemente empenhadas em executar as partituras que elas próprias haviam escrito. Faltava o Regente, com a batuta de Maestro, para definir o tom e Conduzí-los na execução da grande sinfonia escrita por B-P. naqueles anos, o Chefe Benjamim Sodré, o Velho Lobo, mantinha uma Seção sobre Escotismo na Revista infanto juvenil "O TICO TICO". Na edição do dia 32 de janeiro de 1924 publicou um artigo que refletia a conjuntura do Escotismo àquela época, como se vê a seguir:
UM EXEMPLO A SEGUIR PELAS ASSOCIAÇÕES DE ESCOTISMO NO BRASIL
O Escotismo pode-se considerar definitivamente firmado entre nós. Já se passou, aquele período de propaganda vivíssima em que era quase um dever só entoar loas, e esconder os defeitos.
Hoje pode-se sem perigo apontar os males. E esse é o dever.
Entre nós, quatro grandes associações dirigem o movimento escoteiro nacional: a Associação Brasileira de Escoteiros, com sede em São Paulo, Associação de Escoteiros Catholicos do Brasil, a Comissão Centra de Escotismo e a Confederação Brasileira de Escoteiros do Mar, com sede no Rio.
Refletindo o espírito de pouca harmonia dos brasileiros que vivem a brigar; essas associações se correspondem, se entendem, mas não se ligam.
Sofre com isso o Escotismo, que se desenvolve entre nós sem a precisa uniformidade, e sofre o nome do Brasil, que de outro modo poderia figurar entre as grandes potências escoteiras, cousa que não é de desprezar hoje, quando o escotismo tem por mais de uma vez ocupado a atenção e sugerido discussões na Liga das Nações.
Um país possuir cem, duzentos mil escoteiros deve ser, forçosamente, uma razão de consideração no conceito demais. Nós caminhamos para esses números, mas como nossos esforços são dispersos, aparecem sempre informações parciais.
Tentativas têm sido feitas para reunir as Associações, mas todas vãs, porque ora a vaidade de domínio, ora pequeninas questões pessoais conservam afastadas forças preciosas que deveriam unir, valendo pelo dobro.
É, um dever de todos, deste o mais pequenino escoteiro até ao mais importante Chefe, procurar criar uma atmosfera de harmonia entre todas as associações, para que elas se liguem constituindo uma confederação geral que possa representar o Escotismo do Brasil.
A seguir, Velho Lobo referiu-se ao exemplo do Escotismo francês e concluiu: Isso viria resolver o nosso caso. Nenhuma associação seria mais do que a outra, todas estariam no mesmo pé de igualdade e, suprema aventura, alguém poderia falar pelos "Escoteiros do Brasil", que já são tão numerosos mas que devem conservar-se mudos e desconhecidos porque são desunidos.
No dia 7 de setembro de 1924 o Padre Leovigildo França, Vice-Presidente da Associação de Escotismo Católicos, realizou interessante Conferência sobre o Escotismo. O ilustre Prelado fora o Chefe da Delegação que representou o país no Grande Jamboree Internacional em Copenhague. Sua Conferência, ilustrada com projeções, deu uma impressão muito nítida do que foi aquela grande concentração escoteira mundial.
O Velho Lobo assistiu à Conferência e, comovido, afirmou: "Para o futuro, o Brasil se deve representar, em qualquer reunião internacional, não por uma delegação de uma de suas Associações, mas por uma Delegação de Escoteiros do Brasil. A seguir renovou o seu apelo feito em janeiro em "O TICO TICO" e remeteu cartas ou fez contatos pessoais com os principais responsáveis pelas Instituições Escoteiras convocando-os para se reunirem com o fim de criarem uma Associação Nacional do Escotismo Brasileiro.
Com exceção do representante da Associação Brasileira de Brasileira de Escoteiros, de São Paulo, todos os demais atenderam ao convite. Passaram a se reunir, seguidamente, na sede do Clube Naval, no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Dado o grande interesse e a boa vontade de todos, a tarefa foi fácil e, em 4 de novembro de 1924, foi fundada a UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL – UEB. Sua primeira sede provisória foi no Clube Naval.
A UEB iniciou sua vida pela justaposição de Federações que praticavam o Escotismo por conta própria. Haviam elas construído seus patrimônios, suas culturas próprias e gozavam de plena independência. No primeiro Estatuto da UEB houve a preocupação em preservar a autonomia de que desfrutavam as Federações. Foram necessários vinte e seis anos para que, em 1950, se consolidasse a completa integração do Movimento Escoteiro no Brasil. No bojo da imprescindível reforma foram extintas todas as federações, incluindo-se, obviamente, as de Terra, Mar e Ar, e se desfez a tradicional trindade encontrada na natureza e que se refletia no Escotismo brasileiro; surgiram as modalidades Básica, Mar e Ar.
Fonte: www.escoteiro.org
Dia Mundial do Escoteiro
23 de Abril
O escotismo, ou escoteirismo, foi fundado pelo general britânico Lord Robert Baden-Powell (1857-1941), que escreveu e ilustrou o Primeiro Manual do Escoteiro, em 1908. É uma organização mundial de educação extra-escolar para meninos e jovens que busca disseminar o espírito comunitário, valorizar a ética nas relações entre as pessoas e as atividades em equipe.Através da recreação, o escotismo alcança a sua principal finalidade: ajudar os jovens a se desenvolver física, intelectual, social e espiritualmente.
Uma ajuda não custa nada
Conta-se que um dia, em 1909, em Londres, um visitante americano chamado William Boyce se perdeu no meio da neblina. Aproximou-se dele um menino, perguntado se podia lhe ser útil em alguma coisa.O homem disse que sim, explicando que pretendia encontrar um endereço no centro da cidade. "Vou levá-lo até lá", disse o garoto, porém o homem já puxava do bolso dinheiro para uma gorjeta quando o menino disse: "Não, obrigado, eu sou um escoteiro. Não aceitaria nada por dar uma ajuda".
O homem ficou conhecendo ali, através do menino, o que era um escoteiro e foi levado a conhecer Lord Baden-Powell e a sede do Escotismo Britânico.
Boyce foi para os Estados Unidos levando os princípios de que tomou conhecimento e fundou Os Escoteiros da América. Dali em diante, grupamentos de escoteiros apareceram por todo o mundo, inclusive de meninas.
A flor-de-lis
A flor-de-lis, a insígnia que representa o escotismo, já havia sido usada por Baden-Powell em seu regimento militar, quando lutou na Índia, em 1897.Ela é encontrada sob várias formas em inúmeras associações de escoteiros pelo mundo, simbolizando os princípios do escotismo, as virtudes que devem ter os escoteiros, principalmente estar sempre alertas e prontos para a boa ação diária.
Aqui encontram-se informações sobre o Escotismo no Brasil, propósito, método, princípios e promessa do escoteiro e do lobinho. Já aqui encontra-se tudo sobre o prêmio Scout Merit on the World Wide Web, o prêmio oferecido aos melhores websites sobre Escotismo.
Pra quem gosta de expedições, é só dar um clique, aqui no site, no ícone Testando e conhecer o Manual de Sobrevivência na Selva.

Você quer ser um escoteiro?
Para participar do movimento escoteiro como membro juvenil não existe nenhuma lista de pré-requisitos, basta ter entre 7 e 21 anos. De acordo com sua faixa etária você participará das atividades de uma seção do Grupo Escoteiro, que é o local onde são realizadas.Veja em que seção, você pode participar:
Se você tem entre 7 e 10 anos, você vai ser um lobinho e terá a oportunidade de fazer novos amigos, participar de um montão de atividades diferentes e aprender um monte de coisas novas. Você vai conhecer a Jângal, que é uma floresta, e as histórias dos animais que vivem lá, como o urso Baloo, a pantera Bagheera e a foca Kotick.
Se você tem de 11 a 14 anos, você será um escoteiro ou uma escoteira. Terá a oportunidade de aprender e fazer coisas diferentes, muitas delas dentro de um grupo de amigos que formam a "patrulha". Vai poder conviver com a natureza, ajudar o próximo e uma infinidade de outras atividades. Se você tiver um interesse especial por alguma área de conhecimento, poderá se desenvolver e até ser reconhecido por isso.
Se você tem de 15 a 17 anos, você será um sênior ou uma guia. Através de atividades em grupo com outros jovens da mesma idade que a sua, você terá a oportunidade de explorar uma série de desafios, aprender a se conhecer e a entender melhor o mundo em que vivemos.
Se você tem de 18 a 21 anos incompletos e se sente a necessidade de servir a comunidade em um ambiente de amigos com a mesma faixa etária, você vai gostar de saber que o escotismo pode lhe propor esta experiência. Você vai poder dedicar uma parte do tempo elaborando pesquisas, sugerindo projetos que podem e, via de regra, são implementados com sucesso. Além de tudo isso, terá a oportunidade de conhecer pessoas e fazer amigos.
Fonte: www.ibge.gov.br
HISTÓRIA DO ESCOTISMO E DE SEU FUNDADOR
Robert Stephenson Smyth Baden-Powell à luz a 22 de Fevereiro de 1857, (LONDRES) mentor e fundador do escotismo, logo nos primeiros passos da juventude militar, (1876) prestou exames na Academia Militar e logo em seguida por sua aplicação recebeu a patente de Alferes do Regimento de Hussardos n.º 13 e o transferiram para as Índias, então possessão inglesa e desde cedo distinguiu entre seus pares não só pelo zelo no cumprimento dos seus deveres, mas também nas habilidades desportivas e boa camaradagem, culminando em 1883, com a idade de 26 anos, ser elevado a honraria militar de Capitão e Ajudante do Regimento.Em 1893 foi escolhido para uma missão especial contra os Povos Ashanti, (Índias), pois seu Rei nativo estava levando seus discípulos e Estado Indígena a graves complicações sociais e econômicas, quando BADEN POWELL foi enviado como adido militar comandante-em-chefe de uma expedição para restabelecer a ordem dos grupos antagônicos. Marchando com seus homens, POWELL por longos 200 km através de densos bosques e florestas, varando rios caudalosos, o protagonista POWELL com seu pioneirismo aprendeu a maneira prática e útil de construir pontes, sobreviver nas florestas, ouvindo aqui e acolá, ensinamentos e ditos populares como "devagar devagarzinho se apanha o macaquinho" que veio a ser o seu ditado preferido.
Engalanou-se com um chapéu de aba larga pela primeira vez na operação dos Ashanti e os nativos chamaram-lhe, por isso, "Kantankye" ou "chapéu grande" e terminada a expedição foi promovido à patente de Coronel e pouco depois se punha a caminho do que ele dizia ser "a melhor aventura da vida "A Guerra dos Matabeles, hoje Zimbabwe, a antiga Rodésia, por onde haviam um grupo de imigrantes ingleses, (colonizadores) considerados pelos nativos como invasores levando-os a sublevação com o massacre de colonos, obrigando-os ao refúgio nas montanhas, perdendo seus bens e até entes queridos.
Os nativos, também em guerra, refugiaram-se nas mesmas regiões dos colonos, mas sabiam os segredos das montanhas. Havia lugares difíceis de atingir, pois as suas grandes rochas ofereciam muitos perigos e Powell foi encarregado da explorar aquelas terras, mas sua missão não era fácil, pois tinha de descobrir o paradeiro do inimigo e o que era mais difícil, como atingir suas fortalezas. Perdeu muitas noites nas expedições de exploração, mas era tão bem sucedido, que quase sempre guiava os soldados ao lugar ideal para o ataque.
Desenhou mapas de grande valor na estratégia militar e foi durante esta campanha que ele se tornou conhecido como um grande explorador e os povos nativos, os Matabeles o intitularam de "Impisa", "o lobo que não dorme".

O LOBO QUE NÃO DORME
Em seguida confiaram ao LOBO o comando do Regimento de Dragões 5, então em serviço na Índia e muito lastimou, mas fiel as ideais militares da FORÇA MILITAR DA INGLATERRA dedicou de corpo e alma ao novo trabalho, com entusiasmo e eficiência. Procurou que os seus soldados encontrassem a felicidade mesmo nas dificuldades e procurou conquistar-lhes rapidamente a confiança. A realização mais importante de BADEN POWELL foi seus métodos de treinamento e dedicação a estratégia militar, e dividia seis soldados em pequenas unidades de meia dúzia, gerando daí, a que nós depois no Escotismo chamaríamos Patrulhas - sob o comando de um deles - o nosso Guia de Patrulha. Aqueles que melhor desempenhassem os seus deveres tinham o privilégio de usar uma insígnia especial - uma Flor de Lis - que na bússola indica o rumo do Norte.
Em 1899 POWELL regressou à Inglaterra e arquitetou outro empreendimento, sempre nas lições trazidas da Índia, em especial, o manuscrito de um pequeno livro chamado "Aids to Scouting" ("Auxiliar do Explorador") que continha as palestras que fizera aos seus soldados, com muitos exemplos de observação e dedução. Antes que o livro fosse publicado, já ele estava de novo a caminhos da África do Sul, onde se preparava uma Guerra com os Boers.
Chamara-lhe a atenção, para seu orgulho militar e de cavalheiro, que seu livro "Aids to Scounting" tinha sido adotado como compêndio na educação da juventude inglesa, e um dos precursores do escotismo, Sir William Smith, fundador da Brigada dos Rapazes, pediu a POWELL que adaptasse os métodos de exploração à formação dos jovens. POWELL sem rogar, estudou um plano e em 1907 fez um acampamento experimental na ilha de Brownsea, com duas dezenas de rapazes de todas as classes. Este acampamento foi tão bem sucedido que resolveu escrever tudo o que tinha ensinado à volta do "Fogo de Conselho". Assim nasceu o "Escotismo para Rapazes".

Seu movimento cresceu tanto que em 1910, compreendeu-se que o escotismo seria a obra a construir os novos cérebros e uma juventude sadia. Baden Powell vendo o crescimento do escotismo e levado por esse idealismo exonerou-se das Armas Inglesas, onde havia chegado ao galardão de Tenente-General, e em uma segunda etapa, voltou-se inteiramente a consolidação de seus ideais no escotismo. OS LOBOS NUNCA DORMEM.









Em 1907 foi o ano de esplendor do movimento escoteiro (Scouting for Boys) e desta data lembramos tanto sua fundação em terras brasileiras, como pela sua importância na arregimentação dos moços para a paz e proteção da natureza.
Naquele longínquo 1907, Oficiais e Praças da Armada Brasileira estavam na Inglaterra e vários se impressionaram com esse novo método de educação complementar que Baden Powell havia idealizado e o Suboficial Amélio Azevedo Marques não hesitou e com seu filho Aurélio, logo após ver as vantagens desses métodos escotistas, ingressou em um grupo de escoteiros da Inglaterra, vindo a tornar-se, além de uma lenda viva no nosso país, é considerado o primeiro escoteiro brasileiro.

BADEN POWELL
A partir de 1914, surgiram em outras cidades vários núcleos, dos quais o mais importante foi a ABE - Associação Brasileira de Escoteiros em São Paulo , fundada com o apoio de respeitados Diretores de estabelecimentos de ensino, Secretários de Justiça e de Segurança Pública do Estado e pessoas que foram fundamentais para a consolidação do escotismo no Brasil, como Mário Cardim, que concretizou a idéia de criar a ABE e tomou a frente para a preparação das pessoas, regulamentos e estatutos.
O jornalista Júlio de Mesquita, Diretor do "Estado de São Paulo" e o Ascanio Cerqueira, receberam da inesquecível dama da sociedade bandeirante Jerônima Mesquita, diretamente de Paris, o material didático do procedimento formal da organização, passando o grupo e alguns idealistas, a formatar nosso escotismo, para a formação de sua personalidade jurídica.
A ABE espalhou o Movimento Escoteiro por todo o país e em 1915 já contava com representações na maioria dos Estados Brasileiros e neste mesmo ano, uma proposta para reconhecer o Escotismo como de Utilidade Pública resultou no Decreto do Poder Legislativo n.º 3297, sancionado pelo Presidente Wenceslau Braz e em 11 de junho de 1917 sancionou o DL, o qual em seu artigo 1.º estabelecia: "São considerados de utilidade pública, para todos os efeitos, as associações brasileiras de escoteiros com sede no país." – a mãe-pátria brasileira acabava de gerar um de seus mais importantes filhos, o ESCOTISMO.
A História do Escotismo no Brasil, porém, só veio a ganhar amplitude nacional em 1924, quando da fundação no Rio de Janeiro da UEB - União dos Escoteiros do Brasil, semente-mor unificadora do processo de aglutinação dos diversos grupos e núcleos escoteiros dispersos nas terras brasileiras, movimento consolidado por volta de 1950, quando a formação social foi fracionada por regiões e Estadas, cada uma delas abrangendo um Estado ou Território Nacional.
Fonte: www.gebrapa.com.br
23 de Abril
Escotismo ou escutismo, fundado por Lorde Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, em 1907, é um movimento mundial, educacional, voluntariado, apartidário, sem fins lucrativos. A sua proposta é o desenvolvimento do jovem, por meio de um sistema de valores que prioriza a honra, baseado na Promessa e na Lei escoteira, e através da prática do trabalho em equipe e da vida ao ar livre, fazer com que o jovem assuma seu próprio crescimento, tornar-se um exemplo de fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina.Promessa escoteira
A promessa escoteira sintetiza o embasamento moral do Movimento Escoteiro. No momento da Promessa, os membros do Movimento comprometem-se voluntariamente a conduzirem-se de acordo com a orientação moral do Movimento, reconhecendo a existência de deveres que têm de ser cumpridos. Os elementos da Promessa Escoteira estão contidos nos Princípios do Movimento Escoteiro.
Promessa Original

Lei escoteira
Conceitos inerentes à Lei Escoteira
Honra, integridade, lealdade, presteza, amizade, cortesia, respeito e proteção da natureza, responsabilidade, disciplina, coragem, ânimo, bom-senso, respeito pela propriedade e auto-confiança.
Quando Baden-Powell idealizou a Lei Escoteira, decidiu não estabelecer leis proibitivas, mas conceitos para formação de pessoas benévolas, para que, desta forma, o jovem escoteiro tivesse onde se espelhar e pudesse se orientar.
Os dez artigos da Lei Escoteira

Cartão Postal, demonstrando o espírito, o dever, em ajudar a todos.
"A Honra para um Escoteiro é ser digno de toda confiança. Como um Escoteiro, nenhuma tentação, por maior que seja, e embora seja secreta, irá persuadi-lo a praticar uma ação desonesta ou escusa, mesmo muito pequena. Você não voltará atrás a uma promessa, uma vez feita. A palavra de um Escoteiro equivale a um contrato. Para um Escoteiro, a verdade, e nada mais que a verdade." Baden-Powell
2. O Escoteiro é leal ao Rei, à sua pátria, aos seus escotistas, aos seus pais, aos seus empregadores, e aos seus subordinados.
"O Escoteiro é leal à Pátria, à Igreja, às autoridades do governo, aos seus pais, seus chefes, seus patrões e aos que trabalham como seus subordinados. Como um bom cidadão, você é de uma equipe, 'jogando o jogo' honestamente, para o bem do conjunto. Você merece a confiança do governo de sua pátria, do Movimento Escoteiro, dos seus amigos e companheiros de Patrulha, de seus patrões ou de seus empregados, que esperam que você seja correto, fazendo o melhor possível, em benefício deles, ainda quando eles não correspondem sempre bem ao que você espera deles. Além disso, você é leal também a si mesmo; você não quer diminuir seu respeito a si mesmo jogando mal de propósito; nem vai querer decepcionar ou ficar em falta com outro homem, nem, tampouco, com outra mulher." Baden-Powell
3. O Dever para o Escoteiro é ser útil e ajudar o próximo.
"O dever do Escoteiro é ser útil e ajudar a todos. Como Escoteiro, seu mais alto objetivo é servir. Você deve merecer a confiança de que, em qualquer ocasião, estará pronto a sacrificar tempo, trabalho, ou, se necessário, a própria vida pelos demais. O sacrifício é o sal do serviço." Baden-Powell
4. O Escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais escoteiros, não importando a que país, classe ou credo o outro possa pertencer.
"É amigo ou irmão, não importando a que país, classe ou credo o outro possa pertencer. Como Escoteiro, você reconhece as demais pessoas como sendo, com você, filhos do mesmo Pai, e não faz caso de suas diferenças de opinião, casta, credo ou país, quaisquer que elas sejam. Você domina os próprios preconceitos e procura encontrar as boas qualidades que tenham; o defeito deles qualquer um pode criticar. Se você põe em prática esse amor pelas pessoas de outros países e ajuda a fazer surgir a paz e a boa vontade internacionais, isto será o Reino de Deus na terra. O mundo inteiro é uma fraternidade." Baden-Powell
5. O Escoteiro é cortês.
"Como os antigos cavaleiros, você, sendo um Escoteiro, é, sem dúvida, polido e atencioso com as mulheres, velhos e crianças. Mas, além disso, você é polido mesmo com aqueles que estão contra você. Aqueles que têm razão, não precisam perder a calma; aqueles que não têm razão, não podem se dar ao luxo de perdê-la." Baden-Powell
6. O Escoteiro é amigo dos animais.
"Você reconhecerá como companheiras as outras criaturas de Deus, postas, como você, neste mundo, durante certo tempo, para gozar suas existências. Maltratar um animal é, portanto, um desserviço ao Criador. Um Escoteiro deve ter um grande coração." Baden-Powell
7. O Escoteiro obedece às ordens dos seus pais, do seu monitor ou do seu chefe escoteiro.
"O Escoteiro obedece, de boa vontade, sem vacilar, às ordens de seus pais, Monitores e Chefes. Como Escoteiro, você se disciplina e põe-se, profunda e voluntariamente, às ordens das autoridades constituídas, para o bem geral. A comunidade mais feliz é a comunidade mais disciplinada; a disciplina, porém, deve vir do íntimo, e nunca ser imposta de fora. Por isso, tem um grande valor o exemplo que você der aos demais nesse sentido." Baden-Powell
8. O Escoteiro sorri e assobia sobre todas dificuldades.
"Como Escoteiro você será visto como o homem que não perde a cabeça e que agüenta qualquer crise com ânimo alegre, coragem e otimismo." Baden-Powell
9. O Escoteiro é econômico.
"Como Escoteiro, você olhará para o futuro e não irá dissipar tempo e dinheiro com prazeres do momento, mas, ao contrário, fará uso das oportunidades do momento tendo em vista o futuro sucesso. Você fará isso com a idéia de não ser um ônus, mas uma ajuda para os demais." Baden-Powell
10. O Escoteiro é limpo no pensamento, na palavra e na ação.
"O Escoteiro é limpo em pensamento, palavra e ação. Como Escoteiro, espera-se que você tenha não só uma mente limpa, como também uma vontade limpa; seja capaz de controlar quaisquer tendências intemperadas do sexo; dê um exemplo aos demais sendo puro, franco, honesto em tudo que pensa, diz ou faz." Baden-Powell

Gravura de Norman Rockwell publicada originalmente em 1918.
Missão
A missão do escotismo é contribuir para a educação do jovem, baseado em sistema de valores baseados na Promessa e na Lei Escoteira, ajudando a construir um mundo melhor, aonde se valorize a realização individual e a participação construtiva em sociedade.
Visão
O Movimento Escoteiro, é um movimento global que produz uma real contribuição na criação de um mundo melhor.
Princípios do Escotismo
A Organização Mundial do Movimento Escoteiro define como Princípios do Escotismo
1. Dever para com Deus (crença e vivência de uma fé, independentemente de qual seja);
2. Dever para com os outros (participação na sociedade, boa ação, serviço ao próximo);
3. Dever para consigo próprio (crescimento saudável e auto desenvolvimento).
Desenvolvimento físico
Proporcionar o desenvolvimento físico do jovem por meio de jogos ao ar livre, exercícios, excursões e acampamentos.
Desenvolvimento moral
A finalidade é o caráter com um propósito. E o propósito é que essa geração seja sadia no futuro, para desenvolver a mais alta forma de compreensão e dever para com Deus, pátria e próximo.
Desenvolvimento intelectual
Dá-se uma preparação adequada pelo conhecimento adquirido em cada uma das etapas como cozinha; campismo, nós, natação e salvamento; primeiros socorros; regras de segurança, orientação, transmissão de sinais, estudo da natureza …

Fogo de Conselho
Originalmente
O lema escoteiro é Be Prepared (esteja preparado), significando que você deve estar constantemente em um estado de atenção mental e corporal para cumprir o seu dever.
Esteja preparado mentalmente através de uma disciplina que lhe permita ser obediente a cada ordem, e também pensando de antemão nas situações e acidentes que podem ocorrer, de forma a saber e desejar atuar de maneira correta no momento correto.
Esteja preparado fisicamente, tornando-se forte, ativo e capaz de atuar de maneira correta no momento correto.
Método escoteiro

1. Aceitação da Promessa e da Lei Escoteira;
Sistema de Valores e Princípios baseados na Promessa e na Lei Escoteira, todos membros assumem voluntariamente o compromisso.
2. Sistema de Patrulhas (a vida em pequenos grupos de jovens);
Os escoteiros são agrupados em pequenos grupos de 6 à 8 pessoas, para operarem como um time, vivendo e trabalhando juntos, dividindo experiências, em uma forma de democracia e regida pela Lei Escoteira.
3. Sistema de Progresso;
O Escotismo promove ações para que o jovem realize ações para a auto-progressão, seguindo a Lei escoteira
4. Aprender fazendo (educação pela ação);
Desenvolvimentos de atividades que mostrem a realidade, mostrem como as coisas acontecem, desde uma apresentação a uma audição.
Aplicar meios para que o jovem ganha conhecimentos, habilidades e atitude. Um exemplo é para que o jovem aprender o que é responsabilidade, da-se responsabilidade para ele;
Os saberes do escotismo passam por experiências, não são separados da realidade, ou presos a uma mundo abstrato. Não são aulas, são excursões, atividades de campo.
5. Contato com a Natureza (palco privilegiado da ação, contacto com a criação).
Desenvolvimento físico: A natureza fornece ar puro, espaço para correr, oferecendo oportunidades para promover jogos e testando os limites de resistência.
Desenvolvimento intelectual: A natureza fornece oportunidades de explorar, desenvolver os sentidos e as habilidades.
6. Método Projeto
concepção de objetivos, enquadramento imaginário e atividades pelos jovens;
7. Presença de adultos
Adultos são voluntários que facilitam o processo de auto-aprendizagem passando pelo Método Escoteiro.
Individualmente, muitos desses pontos são ferramentas de outras formas de educação. Mas no escotismo eles fazem parte de um todo, tornando o Método escoteiros único.
Os elementos atuam como uma rede, e podem ser visto singularmente como:
Cada um tem uma função específica;
Interação de cada um reforça o mesmo;
Contribuí para toda proposta a ser atingida.
Uma importante característica do sistema é a sinergia criada, o efeito do sistema é muito maior do que um elemento sozinho. Cada elemento do Método tem função educacional; cada elemento completa o impacto do outro. Se algum elemento se perde ou não é utilizado propositadamente, o sistema não pode servir para a proposta inicial - o progressivo e holístico desenvolvimento do jovem.
O Método Escoteiro foi desenvolvido para estimular o desenvolvimento do jovem para além dos anos de escotismo. Isso significa que funciona para todos os jovens mesmo que ele tenha oitenta anos.
Pode parecer que há um erro, uma pessoa não pode estar fisicamente em contato com o mundo natural e dando suporte a um hospital, mas ela pode sim conter elementos da natureza como um plano de fundo, ou mesmo presente utilizando métodos que não deteriorem a natureza, por exemplo.

O Método Escoteiro é um sistema de progressão, a intenção é estimular que cada jovem desenvolva suas capacidades e seus interesses. Ele faz isso colocando desafios a serem superados, aventuras, incentivando a explorar, a descobrir, a experimentar, a inventar e a criar a capacidade de achar soluções; mas sempre respeitando-os individualmente, suas barreiras.
Hierarquia por trás do Método
ONE
Organizações Nacionais Escoteiras (ONE), são responsáveis pelo desenvolvimento "Programa de Jovens", baseados nos princípios fundamentais do Escotismo e nas necessidades dos jovens do país. Também são responsáveis por recrutarem e motivarem voluntários para propagar o "Programa de Jovens".
CME
O Comitê do Método Educacional (CME) foi formado após o World Scout Conference na Tunísia em 2005, trazendo com ele o intuito de dar suporte e desenvolver, em nível mundial, o "Programa de Jovens" e o "Adultos no Escotismo", para oferecer uma aproximação mais holística entre as Organizaçõs Nacionais Escoteiras.
O CME prioriza os jovens e adultos voluntários, tanto dentro quanto fora do Movimento Escoteiro, desde que eles promovam a educação à todos, educação conjunta e o desenvolvimento espiritual.[5]
O CME aspira oferecer suporte para disseminarem um melhor do escotismo para mais jovens.
Objetivos:
Focar nas necessidades das ONE e Regiões, reconhecendo que há diferenças nas diferentes regiões e sub-regiões.
Fortalecer e praticar boas ações
Promover suporte efetivo, interagindo com as diferentes culturas, comunicações e aplicando métodos mais efetivos de trabalho.
Desenvolve e dar suporte à comunidades do saber, ajudando na sustentabilidade de tais organizações e fortalecer o impacto nas ONE.
O Método pela CME
A Lei escoteira
Os jovens são estimulados a adota-la entre 10 e 11 anos de idades, essa é a idade que as pessoas começam a compreender valores, assim se assimilarem a Lei Escoteira nessa época, ela torna-se inerente nas ações e nas visões do jovem, passando a ser mais do que um código e sim um estilo de vida.
A Promessa Escoteira
O comprometimento com ela é voluntário, mas assim que aceitar o jovem tem que te fazer o melhor que ele pode para cumpri-la, colocando Deus, a Pátria, a Paz, a honra e os valores da Lei Escoteira, acima de sua própria vida.
A Proposta
Escotismo contribuí para a educação de jovens através de um sistema de valores —CNE
A missão do Escotismo é contribuir para educação do jovem para que ele possa ajudar na construção de um mundo melhor, onde as pessoas se realizem como indivíduos e como uma sociedade.
Essa missão é atingida através do Método Escoteiro, que capacita o jovem ser o responsável pelo seus atos, seu desenvolvimento, seu comprometimento, sua responsabilidade, auto-evoluído-o.
O Valores propostos é um projeto para a vida toda e para todos os escoteiros —CNE
Os princípios constituem uma proposta são compromissos individuais, que representam um desafio para todos que são escoteiros. Os princípios convida a todos os jovens e adultos a constantemente enfrentar os desafios para cumprir os compromissos assumidos.
Algumas associações nacionais têm diferentes palavras para essa proposta de educação, mas todas versões expressão os mesmo sistema de valores. O texto abaixo mostra o que o Método Escoteiro busca.
Todos os homens e mulheres que dividem a experiência de ser escoteiro aspiram fazer o melhor para ser:
Uma pessoa com liberdade e integridade, de mente aberta e com um coração verdadeiro, forte em sua determinação, responsável e ter confiança sobre seus julgamentos e ações. Uma pessoa que coloca acima de sua vida, a verdade de suas palavras.
Pronto para servir outros, envolvido com a comunidade, compromissado com a democracia e com o desenvolvimento, amante da justiça e promovedor da paz, que valoriza o trabalho humano e constrói a sua família em amor, consciente de sua própria dignidade e de outros, dividindo com todos a alegria e a afeição.
Uma pessoa criativa que deixa o mundo melhor do que quando ele encontrou e que promove grandes esforços para manter a integridade da natureza, aprende continuadamente e procura por caminhos que permanecem inexplorados; que faz o trabalhos seu trabalho bem e é livre de avidez para com posses e é independente de bens materiais.
Uma pessoa espiritualizada, com um senso transcendental de vida, que é tem o peito aberto para com Deus, vive a sua vida com alegria e faz dela parte do dia; e é aberto a diálogo, compreende, respeita a fé e a religião do próximo.
O poder da Lei é o principal assunto na pré-adolescência.
Nesse período o jovem tende a questionar a autoridade dos país e de adultos em geral, de uma perspectiva do adulto, o Método Escoteiro tenta reforças os pontos que são necessários para integridade da criança, mesmo ela questionando os valores que forma lhe apresentados na sua infância, o Método utiliza através "do realizar" argumentos para não duvidar de certos pontos, pois sabe que só falar e não fazer não adianta, além disso sabe que falhando na apresentação da moral nessa fase, pode haver sérias conseqüências na personalidade desse.
Crianças entendem como as regras funcionam para um meio comum, entre os 10 e 11 anos.
Simples observações de como as crianças vêem e aceitam as regras dão certa luz no desenvolvimento da concepção das regras. Entre os 7 e 8 anos as crianças gradualmente melhoram no trabalho de grupo, dividem responsabilidades, e começam a reconhecer regras. Nesse período elas aprendem a seguir as regras, o grupo escoteiro nessa fase tenta mostrar o "ouvir e respeitar os outros".
Depois dessa fase eles entram no estágio de vida em comunidade, eles são divididos em grupos pequenos de seis membros, aproximadamente, já que estão entre seus 10 e 11 anos, nessa idade eles entendem as regras e vêem vários ângulos da mesma, podendo criar novas e o grupo aceitar.
Jovens assimilam a lei do mesmo modo que interiorizam as regras: Seguem os "líderes" que são os exemplos de lei, assim como seguem os experiências em grupo.
Nas seções escoterias há dois "motores". Um é a Lei Escoteira e o outro é o modo de auto-gerência oferecida pelo Método Escoteiro nos pequenos grupos autônomos (patrulhas). A vida em grupo faz as regras serem lembradas e seguidas para manter-se uma vida em comum, na luz da Lei Escoteira.
A Lei Escoteira propõe viver por outros valores.
A Lei Escoteira cobre e ordena valores propostos pelo sistema educacional escoteiro e que o jovem na aquela idade pode compreender e vivenciar.
Mas a Lei é mais do que ordenar a disposição das idéias. É um código de conduta que oferece para o jovem uma opção para conduzir a vida. E mais, ele é convidado para tornar os valores parte da sua personalidade. Consciente disso ele precisa pensar e agir de acordo com os próprios valores.
A Lei Escoteira é proposta, não imposta.
Atividades
O balanceamento entre as "atividades distintas" e "atividades habituais" é essencial para o manter a unidade, o espírito escoteiro, o contato com a comunidade e com o mundo.
Atividades habituais
Fortalece o Método assegurando a participação do jovem, a coletividade e assegurando a presença dos valores. Contribui para criar a atmosfera do escotismo na Unidade escoteira e dar ao escoteiro a experiência tipicamente escoteira.
Atividades distintas
Assegura que o programa corresponde aos interesses e projetos dos jovens respeitando a diversidade. São também atividades diretamente relacionadas com as necessidades presentes na comunidade que cerca o Grupo escoteiro.
Mas as atividades habituais e distintas são conectadas, algumas atividades incluem aspectos majoritários de uma com um ou mais aspectos de outra.
Contribuições
Todos os membros pertencem a grande Fraternidade Escoteira Mundial, sendo assim, pregam a paz e a proto-cooperação entre os seres.
A boa ação diária é inerente a todos os membros, o cumprimento do dever cívico, apoio a comunidade, ao próximo, a conservação dos meios naturais e cooperação a movimentos semelhantes, é incentivado pelo Movimento Escoteiro.
Em caso de conflito social o Escotismo não intervêem em nenhum dos lados interessados, mas voluntariamente, pode ele ajudar na diminuição dos efeitos de calamidade pública.
História
Na Ilha de Brownsea, no Canal da Mancha, Inglaterra, Baden-Powell realizou um acampamento com vinte jovens, de 12 a 16 anos de idade, no qual ensinou técnicas como primeiro socorros, observação, segurança, orientação … Como símbolo do grupo, levavam aqueles jovens uma bandeira verde com uma flor-de-lis amarela no centro.
Entusiasmado com os bons resultados deste acampamento, Baden-Powell começou a escrever o livro Escotismo para Rapazes, que foi publicado em 1908, inicialmente como seis fascículos, de janeiro a maio, vendido em bancas de jornal. Em maio do mesmo ano, foi editado como livro com ligeiras modificações. O pai do movimento escoteiro internacional, Frederick Russell Burnham e conhecido por ter ensinado woodcraft[10] a Baden-Powell depois de servirem juntos na Campanha dos Matabeles em 1896, sendo está uma das influências mais notáveis do fundador do escotismo.

Em 1909, mais de 10.000 jovens realizaram uma exibição de suas perícias escoteiras no famoso Palácio de Cristal, em Londres. Nem mesmo a chuva e o frio, naquela manhã do dia 4 de setembro, puderam arrefecer o entusiasmo deles. Nesta reunião histórica, os rapazes formavam a maioria.
Temendo a degeneração das suas idéias, e verificando a necessidade de integrar todos dentro de um movimento que crescia rapidamente, Baden-Powell passou a dedicar-se à organização do Movimento Escoteiro, que não era sua proposta original. Desliga-se do Exército, em 1910, e ingressa no que chamou de sua "segunda vida", dedicada ao crescimento e fortalecimento do Escotismo.
Ainda em 1910, é criado o Escotismo do Mar, bem como surgem dentro do Movimento as "Girls Guides", ou seja, as Guias Escoteiras. A partir de 1912, Baden-Powell passa a viajar pelo mundo divulgando e unindo o Escotismo, que se desenvolve agora como uma "Fraternidade Mundial".
Também em 1912, foi publicado o primeiro Manual das Guias, "Como as Moças podem ajudar o Império …" escrito por Agnes Baden-Powell.
Foi em 1916 que, a pedido das crianças menores que queriam fazer parte do Movimento Escoteiro, Baden-Powell criou o Ramo Lobinho, baseado no Livro do Jângal, de Rudyard Kipling, com auxílio de sua irmã, Agnes.
Em 1917, é constituído informalmente o primeiro Conselho Internacional da Associação de Guias da Inglaterra, e, no ano seguinte, é publicado o texto base do Guidismo, escrito por Baden-Powell, especialmente para as guias.
O Escotismo recebe de William F. de Bois Mclaren uma área de terra, na floresta de Epping, arredores de Londres, onde se instala Gilweel Parko centro de formação de chefes escoteiros (o curso passa a ser chamado de curso para Insígnia da Madeira. Os que completam o curso recebem um colar de contas e um lenço com um pedaço de tecido atrás com a trama característica do clã dos McLaren). Em 1930, Lady Olave Baden-Powell é aclamada Chefe Guia Mundial, função que exerceu até 1976, quando veio a falecer.
A última presença pública de Baden-Powell para os escoteiros foi em 1937, no Quinto Jamboree Mundial em Vogelezang, Holanda, depois do que viajou para o Quênia, onde fixou residência a partir de 1938 juntamente com Lady Olave. Morre nesse local.
A principal organização representativa internacional é a Organização Mundial do Movimento Escoteiro (OMME), WOSM em inglês. O Escotismo é o maior movimento organizado de educação não-formal. Em setembro de 2005, as estatísticas apontam o Escotismo presente em 216 país e territórios, com um total de 28 milhões de filiados, havendo apenas seis países sem escotismo. Já passaram pelo Movimento Escoteiro mais de 300 milhões de jovens desde a sua criação na Inglaterra. Em 2007, foi realizado o Jamboree Mundial do Centenário na Inglaterra, com a participação de cerca de 42 mil pessoas em mais de 120 países.
Escotismo Modalidade do Ar
A Modalidade do Escotismo do Ar, não foi idealizada pelo fundador, Baden-Powell, das outras duas modalidades, básica e Modalidade do Mar, nem mesmo na Inglaterra, a Modalidade tem sua origem no Brasil.Dia 28 de abril de 1938, é oficializado o primeiro Grupo Escoteiro da Modalidade do Ar, o Grupo Escoteiro do Ar Tenente Ricardo Kirk, tendo como responsáveis o Major Aviador Godofredo Vidal, o Tenente Coronel Aviador Vasco Alves Secco e o Primeiro Sargento Telegrafista Jayme Janeiro Rodrigues, na época servindo no 5º Regimento de Aviação, atual CINDACTA II, em Curitiba.
Em 19 de abril de 1944, foi criada a Federação Brasileira de Escoteiros do Ar, a qual congregava todos Grupos Escoteiros da Modalidade, na época se restringindo aos Estados do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
O Brigadeiro Nero Moura, em 26 de julho de 1951, então Ministro da Aeronáutica, reconhecendo a tamanha expansão registrada e seus valiosos objetivos, entre eles o de incentivar o interesse dos jovens pela aeronáutica, determinou que todas as unidades da Força Aérea Brasileira dessem total apoio à Modalidade do Ar, o que acontece até os dias presentes.
Em 1951 a Portaria 262 publicada pelo então Ministro da Aeronáutica Brigadeiro Nero Moura determina o apoio de todas as Unidades da FAB aos Escoteiros do Ar. Esta portaria foi reconfirmada em 1981 pelo Ten.-Brig.-do-Ar Délio Jardim de Mattos e reformulada e substituída pela portaria 914 de 29 de Setembro de 2003 pelo Ten.-Brig.-do-Ar Luis Carlos da Silva Bueno.
O Atual Coordenador Nacional da Modalidade do Ar é o Chefe I.M. Fábio Augusto Giunti Ribeiro
Escotismo Modalidade do Mar
Após um acampamento em no Rio Beaulieu, Baden-Powell redigiu "Escotismo do Mar para Rapazes", era uma pequena explanação do que deveria ser o escotismo o mar, ao final há uma nota que diz que seu irmão, Warrington Baden-Powell, montaria um manual para os escoteiros do Mar. Com o despreparo dos chefes da modalidade básica, surgiram novos chefes provindos da Guarda Costeira da Inglaterra, esses tinham conhecimento sobre as artes da marinharia. As primeiras uniões de Escoteiros do Mar na Inglaterra e no exterior foram: Mercúrio, 'British Boys', Petersham and Ham, Barry, Cleethorpes, Ratcliffe, Skegness, e Gibraltar.
Em 1910 foi definido o uniforme dos Escoteiros do Mar, branco diferente da modalidade básica caqui. Em 25 março de 1911, estabelece-se escoteiros do mar como salva-vidas na costa, uma real necessidade da época. Em 1912 o "Escotismo do Mar e Marinharia para Rapazes" é publicado. Em 1921 Warrington Baden-Powell morre, mas o Escotismo do Mar já era realidade em vários países.
Modalidades
Existem três vertentes do Escotismo, diferenciando somente no foco de suas atividades, mas preservando os valores:
Modalidade Básica
A Modalidade Básica, caracterizada pelo escoteiro típico, sendo a modalidade com o maior número de integrantes, apresenta grande flexibilidade de atividades e com formação geralmente mais voltada para a atividade excursionista, campismo e montanhismo.
Os acampamentos exigem inúmeras técnicas escoteiras, dentre elas a que se destaca é a pioneiria, uma forma de suprir a necessidade de móveis e como um modo de proteção, normalmente constituídas por troncos de madeira e unidas através de amarras.
Modalidade do Mar
O que caracteriza o Escotismo Modalidade do Mar é que eles realizam suas atividades preferencialmente na água, onde quer que exista água em quantidade e profundidade suficientes para que uma embarcação possa navegar, seja ela de que tipo for. Sendo assim podem existir Escoteiros do Mar, seja esta água de mar, de rio, lago, lagoa ou pantanal. Procurando desenvolver nos jovens o gosto pela vida no mar, pelas artes e técnicas marinheiras, pela navegação à vela e a motor, pelas viagens e transportes marítimos, pela pesca, pelo estudo da oceanografia, pela exploração e pelos esportes náuticos, incentivando o culto das tradições da marinha. A gama de atividades que podem ser realizadas é enorme, indo da tradicional navegação a remo até mergulho ou windsurf.
Modalidade do Ar
O Escotismo Modalidade do Ar procura desenvolver nos jovens, além dos valores da Modalidade Básica, o gosto pelo aeromodelismo, aeroplanos, pelos problemas de aeroportos, aeronavegação, aeropropulsão, pelo pára-quedismo e pelos esportes aéreos, pelo estudo da meteorologia e da cosmografia, pelo mundo aeroespacial e pela cosmonáutica, incentivando o culto das tradições da aeronáutica do país.
As ênfases educativas das Modalidades do Mar e do Ar são sugeridas aos Ramos Escoteiro e Sênior. No Ramo Lobinho o desenvolvimento nas Modalidades do Mar e do Ar ocorrem sob forma de atividades especiais, especialidades, etc. No Ramo Pioneiro se reflete em Projetos de Equipes de Interesse.
O ser escoteiro
Baden-Powell destaca alguns pontos para ser escoteiro:
Vida ao Ar Livre
O acampamento é o auge da vida de um escoteiro. O contato com a natureza é imprescindível, já que afastar-se da cidade e entrar em contato com as dadivas naturais traz saúde e felicidade.
Excursionar faz o escoteiro encontrar novos lugares, descobrindo novas vidas. A aventura tornando-o mais forte e rijo. Com um sorriso no rosto, enfrenta de peito aberto as intemperes.
Mas para acampar e fazer excursões tem que haver uma preparação, conhecimento de técnicas que possibilitem a vivência nas condições mais adversas.
Conhecimento sobre a Natureza
Observar a natureza pode trazer grandes benefícios, B-P em Escotismo para Rapazes diz que seguir rastros é uma maneira divertida para saber mais sobre os animais, levando a pessoa a um alto nível de observação; assim como observar pessoas. E é vergonhoso para um escoteiro não reparar em algo e outra pessoa mostrar-lhe.
Os Cavaleiros da Idade Média
Em uma visão idealizada, os cavaleiros são lembrados por sua honra. O escoteiro é equiparado com eles, na medida que para um escoteiro a sua honra está acima de sua própria vida, assim como a sua Pátria. E também pela hierarquia e fraternidade de um grupo de cavaleiros, da mesma forma que se estrutura uma patrulha escoteira.
O Código de Cavaleiros
Assim como os cavaleiros escoteiros seguem alguns códigos de honra, lembrando que sua honra é sagrada; sua Pátria, seu Deus estão sempre presente em sua mente; cortesia para com mulheres, crianças, idosos e mais fracos, tem que ser presente todo o tempo; prestativos sem discriminação; poupar dinheiro e comida para doar para aqueles que não podem os ter; aprender o manejo de ferramentas que possam defender seus princípios; manter-se forte, saudável e ativo para cumprir o Código.
O escoteiro também deve praticar boas ações diariamente, pequenas coisas, mas sempre e nunca esperar algo em troca.
Salvamento de Vidas
O escoteiro tem que estar preparado para salvar vidas, para isso não basta ler livros, tem que praticar e sentir-se preparado para tal, esse é dos motivos para o lema: Be Prepared, estar preparado para qualquer situação e agir com frieza e saber o que está fazendo.
So that others may live.
—Uma possível tradução:Só para que o outro sobreviva.
Resistência
O escoteiro tem que estar com o corpo preparado para os desafios, para isso ele deve manter um excelente condicionamento físico, ter resistência para agüentar noites no frio, já que muitas vezes dormirá ao ar livre, assim como banhos diários.
Ame sua Pátria
Viver pelo prazer, deixando a pátria em segundo plano não faz a pessoa um escoteiro, segundo B-P deve haver sempre ações que colaborem com a Pátria e com o globo. Ser escoteiro e ser um bom cidadão.
Minha Pátria antes de mim
—B-P em Escotismo para Rapazes
Atividades
No escotismo o jovem aprende fazendo, ou seja, em forma de atividades.
O jovem é o principal da atividade, ele é quem prepara, desenvolve e avalia, com o suporte dos escotistas.
Eles acreditam que as atividades dão ao jovens experiências que podem influenciar positivamente nos seu comportamento.
Exemplificando, plantar árvores e promover seu crescimento, para entender sobre natureza; compartilhar bens pessoais com outros para entender o que é solidariedade; cozinhar para o consumo próprio e limpar após, ajuda a incorporar essas atividades essas habilidades no dia-a-dia.
Afirmam também que aprender fazendo é aprender descobrindo, o resultado é que o conhecimento, atitudes e habilidades são assimiladas de uma forma mais profunda e duradoura.
As atividades individuais ou conjuntas
Embora as experiências e a realização dos objetivos pessoais são coisas essencialmente individuais, as atividades fixas e variáveis são quase sempre feitas em grupos e envolvem toda a patrulha ou toda unidade escoteira. No entanto, certas atividades fixas são realizadas individualmente, como ingressar na unidade, aceitar uma responsabilidade dentro da patrulha, fazer a Promessa...
Certas atividades variáveis também são realizadas individualmente, como atividades de back-up, tarefas pessoais dentro de uma atividade de grupo ou de proficiência. Atividades de back-up são tarefas específicas dentro ou fora das patrulhas, que são sugeridas para um jovem pelo monitor da patrulha ou pelo escotista, a fim de adquirir experiências que irão ajudá-lo para reforçar um tipo de comportamento que tem sido difícil de alcançar.
Estas atividades não são normalmente ligadas ao resto das atividades de patrulha ou da unidade escoteira e não necessitam ser planejados ou efetuados dentro de um ciclo de determinado programa. Eles resultam do diálogo em curso entre o jovem em questão e os outros membros da patrulha, o monitor de patrulha ou o líder do adulto acompanhamento.
Tarefas pessoais, dentro de uma atividade de grupo, são as pequenas tarefas individuais que cada jovem tem a responsabilidade de realizar para ajudar a alcançar um objetivo comum.
Os tipos de atividades
As atividades são dividas em habituais e distintas.
Na primeira são atividades com a mesma forma, geralmente relacionado ao mesmo tema, tem a função de criar a atmosfera Método Escoteiro, contribui de um modo geral para o atingir os objetivos educacionais.
Isso inclui cerimonias, acampamentos e qualquer outra atividade rotineira, como manutenção de equipamento, jogos, canções
As "atividades distintas", são atividades amorfas, sem temas específicos, dependentes do interesse do jovem, não se repetem a menos que o jovem ache necessário e nesse caso deve haver um intervalo considerável entre uma e outra, contribui objetivamente para um ou mais tópicos do sistema educacional.
Visitas a locais, aprender a reciclar papel, são exemplos de "atividades distintas".
Atividades habituais
As atividades ocorrem com certa periodicidade e há dois tipos de encontros, a de patrulhas e a de Unidades escoteiras:
Encontro de patrulha
O encontro de patrulha ocorre pelo menos um vez por semana, dependendo dos interesses e da disponibilidades dos escoteiros, pode ocorrer mais de uma vez por semana. Um desses encontros coincide usualmente com o encontra da Unidade escoteira.
Esses encontros podem ocorrer na casa de algum dos membros da patrulha, no local que costumam praticar os encontros da Unidade escoteira, no campo, ou em outro lugar que for apropriado para a atividade. O encontro de patrulha não precisa ter a presença de todos os membros, às vezes dois ou mais membros podem unir-se para um tema específico, o que ocorre normalmente com qualquer jovem dessa idade.
O propósito é pré-selecionar, selecionar, preparar ou avaliar atividades; participar de algum projeto, assegurar que encontro do conselho da Unidade aconteça. Mas também pode ser um encontro informal, como um grupo de jovens.
Encontro da Unidade escoteira
O encontro da Unidade escoteira ocorre usualmente nos finais-de-semana e podem durar em torno e três horas. O encontro da Unidade ou do Grupo escoteiro ocorre em um local determinado, normalmente cedido pela comunidade local.
Ele começa pontualmente com uma abertura, simbólica: Hastear a bandeira, fazer uma oração ecumênica, entoar os cantos ou gritos de patrulha. Então é dado as notícias principais e os jovens são encaminhados para as atividades do programa.
O encontro alterna entre atividades de patrulha e da Unidade escoteira, e quanto estão desenvolvendo as atividades os escotistas avaliam os jovens, tanto como indivíduos quanto em grupo. Elas também variam quanto a estrutura e ritmo, pois podem haver atividades externas, por exemplo, onde há interação com a comunidade, com a natureza, ou ainda com outro grupo ou Unidade escoteira.
Os escotistas não são orientados e são desestimulados a padronizar as atividades, lembrando que a Unidade escoteira é essencialmente suportada e organizada pelo sistema de patrulhas. O ideal é que a Unidade escoteira trabalhe como uma unidade feita pelo jovem e não ditada pelo ritmo imposto pelo escotista.
O fim da atividade assemelha-se com o inicio, com o arriamento da bandeira, uma oração ecumênica. Mas há também a limpeza do local utilizado e às vezes discussões sobre a administração.
Acampamento e excursão
O acampamento é a mais importante das atividades habituais. O Método escoteiro não faz sentido sem a vida ao ar livre —CNE
Escoteiros acampam normalmente entre três e seis vezes por ano, tentando acumular um total de no mínimo quinze dias acampados. Dependendo da seção, acampamentos duram de dois à cinco dias, exceto pelo acampamento que finaliza o ano que tem em torno de dez dias.
Um calendário anual de um Grupo escoteiro seria algo assim:
Um acampamento de dois dias a cada semestre
Um acampamento de três à cinco dias nas férias não principais;
Um acampamento de dez dias, durante o verão ou nas férias mais longas dos jovens. Comprometendo-se a no meio do desse acampamento encerrar o "ano escoteiro".
Acampar é uma atividade que envolve outras atividades, mantendo-se dentro do programa, durante o acampamento jogos de escalada, fogo-de-conselho, explorações e algumas outras, essas atividades são para o desenvolvimento do jovem. Acampamento não é somente uma versão expandida das atividades normais, são atividades que oferecem contato com a natureza, desenvolvimento da observação.
Excursões são atividades curtas que duram de um à dois dias, organizadas pelas patrulhas podem acontecer em qualquer momento do ano dentro do "calendário escoteiro"
Ambas são atividades voltadas para aumentar o contato com a natureza, também à exploração de novos territórios com um grupo de amigos. Ajuda o jovem a desenvolver autonomia, exercitar a responsabilidade e superar barreiras e fortalece a coesão entre a patrulha. Tanto no acampamento quanto nas excursões a intenção é que os escoteiros:
Redescubram o ritmo natural;
Utilizem os seus sentidos e desenvolvem a imaginação;
Percam o medo do desconhecido;
Descubram a importância da solidariedade, do trabalho em grupo e as limitações do grupo;
Experimentem a vida simples e condições rudimentares;
Encontrem-se cara-a-cara com eles mesmos;
Maravilharem-se com a criação e renovam os questionamentos ou certezas sobre Deus.
Jogos
Jogos podem ser vistos sob duas perspectivas:
Primeira, o jogo como uma atitude. Dessa perspectiva, jogar é aproximar-se de um estilo de ser, um jeito de fazer. Esse é o ponto de vista de quem encara as coisas de modo otimista e com bom-humor, permitindo que a vida o surpreenda. Essa atitude é introduzida para as crianças através do Método Escoteiro, como se esse fosse um "grande jogo" que cada escoteiro se apropria dele e torna é o que torna o Escotismo atraente. Essa atitude de "brincalhona" é o que faz os jovens deixarem suas inibições de lado.
Segunda, jogos podem serem vistos como atividades, um modo espontâneo de descobrir-se e descobrir outros e o mundo. Jogar implica experimentar, ver o quão longe pode-se chegar, aventurar-se, esforçar-se e alcançar. Jogar com outros envolve compartilhar, ajudar um ao outro, organizar-se, aprender a ganhar e perder. Dessa perspectiva, jogar é um modo de entrar na vida em sociedade, assim como na vida cotidiana, onde há regras a serem seguidas.
Organizar jogos atraem jovens e facilita o aprendizado. Na organização cada participante tem a responsabilidade cumprir as suas obrigações com inteligência e habilidade, tem que estar focado naquilo que faz, caso ele falhe sua equipe falha.
Os escoteiros também aprendem que não podem ganhar sempre, também que os mais habilidosos devem partilhar as suas habilidades com os menos aptos.
Passos definidos pela OMME para um bom jogo
Ter uma gama de jogos e escolher o correto para cada ocasião;
Preparar-se para ele o quão avançado seja necessário;
Implementar regras simples para não haver espaço para ambigüidade e explicá-los claramente, deixando explicito como jogar e, se for o caso, explicar como se ganha e se perde;
Deve-se incentivar jogos onde os escotistas não participem dos jogos;
Não se deve interromper o jogo a menos que haja alguma razão forte para tal ato;
O jogo deve acabar antes dos jovens perderem interesse nele, assim pode-se aplicá-lo novamente;
Deve-se garantir o respeito pelo perdedor e dar o mérito ao vencedor;
Os jogos não devem ter um alta incidência, não repetir os mesmo jogos;
Tem que existir uma avaliação dos jogos e dos participantes e deve haver alguém designado para realizar tal tarefa.
Histórias, anedotas e contos
Não há uma fase para contar histórias, mas entre os 11 e 15 anos de idade o jovem é tipicamente curioso, ama ter aventuras e sentem prazer em se perder no desconhecido e no mistério. Jovens sempre apreciam uma boa história, uma gostosa anedota, ou ainda, uma lenda impactante, especialmente se essa contém elementos simbólicos já presentes na cabeça do jovem.
Histórias são como bons temperos: pouco é tão ruim quanto muito. Por esse motivo, os escotistas às introduzem em certas oportunidades, como um acampamento, um fogo de conselho, longas caminhadas. As histórias servem de exemplo para os escotistas também como ferramentas para exemplificarem valores, mostrarem modelos sociais, incentivarem a imaginação ou ainda mostrar situações que devem ser seguidas ou rejeitadas.
O jovem pode inventar histórias para emponderar seu repertório. Isso encoraja-o a desenvolver a criatividade e a habilidade de inventar situações magicas. Os testemunhos de exploradores, inventores e cientistas geralmente são histórias verdadeiras, mas nada impede o escoteiro ler ficções da boa literatura universal, especialmente às criadas para os jovens.
Som e dança
Som e dança são extremamente importantes para o desenvolvimento das habilidades artísticas do jovem, aprendendo a lidar com seu corpo e se socializando. Cantar e dançar são atividades que aproxima as pessoas, ajuda a superar inibições e elevar o espírito. Cada cultura tem as suas músicas, mas é importante que haja o incentivo ao canto e dança dentro do movimento escoteiro, para que eles recebam esses benefícios, mas muitas Unidades escoteiras não cantam, reflexo de seus escotistas não cantarem e isso deve ser evitado.
As canções não necessitam ter o "tema escoteiro", ou ser uma música folclórica. As músicas vêem dos jovens, que incorporam as que mais lhe agradam, só se deve prezar para que elas não fujam dos valores ou do espírito escoteiro, ou seja, ter uma temática adequada.
O Fogo-de-conselho
O Fogo-de-conselho da Unidade escoteira consiste basicamente em uma reunião artística ao rendor do fogo, dura normalmente entre uma a uma hora e meia. Ele é uma "diversão planejada" que mistura sons, pequenas esquetes, pequenas histórias, danças e outras atividades artísticas apresentadas pelos jovens. O Fogo-de-conselho é normalmente organizado em aniversários importantes para todos, no fim da programação, na última noite e em ocasiões semelhantes.
O bom Fogo-de-conselho pela OMME
O programa do Fogo deve ser preparado com antecedência. Todos os jovens e suas patrulhas devêm participar, seguindo o que foi decidido pela Unidade escoteira;
Todo escoteiro tem um papel dentro da atividade, mesmo que na organização, manter a atmosfera artística no número de suas patrulhas;
A apresentação da patrulha deve curta, variada e de bom gosto;
Cada unidade tem seus rituais para acender e encerrar o fogo, isso dá a celebração um sabor, uma tradição e um sentido adequado ao momento;
Como as atividades do dia, o Fogo-de-conselho deve começar animado e calmamente atenuando seu ritmo e se tornando mais sóbrio, concluindo-se com um momento de reflexão e de oração;
No campo, o fim do Fogo coincide com a hora de dormir dos jovens, a menos que haja um breve intervalo para se servir uma bebida quente ao redor das cinzas;
O Fogo-de-conselho pode ter um tema principal e particionado em atividades menores, como as esquetes.
Atividades distintas
Atividades variáveis ou distintas, são atividades que envolvem atividades além do escotismo, mas mantendo os mesmo valores, essas devêm ser desafiadoras, úteis, gratificante e atrativas, sendo essas as únicas restrições, segundo a OMME.
Sobre a exigência
Desafiadora significa que se deve envolver um desafio proporcional a habilidade dos jovens, estimulá-los a fazer o melhor. Uma atividade que exige menos esforço do que os jovens são capazes de não adicionar nada às suas competências, nem incentivar o desenvolvimento de novos conhecimentos, atitudes ou habilidades. Por outro lado, se o desafio é muito além de suas habilidades e nível de maturidade, os jovens tendem a perder o ímpeto e não vai atingir o comportamento desejado.
Útil significa que as atividades devem ter por objetivo gerar experiências que propiciam a aprendizagem real.
Para serem consideradas educacionais atividades, no calor do momento, devém ser mais do que apenas diversão, ou cheias de ação. Elas devêm ter o foco no desenvolvimento pessoal, em outras palavras, elas devem oferecer oportunidades para se praticar desejadas padrões de comportamento.
Gratificante elas devêm dar aos jovens o sentimento de que vão conseguir algo através da atividade, ou porque há alguma vantagem para ser adquirida ou porque irá satisfazer alguma necessidade ou desejo.
Atraente significa que cada atividade deve despertar o interesse dos jovens e entusiasmo. Isso pode ser simplesmente por gosto, porque é original ou porque se sentem comprometidos com um valor que esta implícita nele.
Temas
Atividades distintas podem envolver os mais diversos assuntos, basicamente em função dos interesses dos jovens e as necessidades da comunidade em que a unidade opera o grupo escoteiro.
Os temas, ou grupos de temas, que aparecem com mais freqüência entre as atividades variáveis de uma unidade de escoteiros são:
Técnicas manuais e habilidades;
Reflexão, autoconhecimento e conhecimento do próximo;
Esporte;
Diferentes tipos de artes;
Conhecimento e proteção da natureza;
Serviço comunitário;
Vida familiar;
Compreensão intercultural;
Direitos humanos e democracia;
Educação para a paz e desenvolvimento;
O fato de que esses são os temas mais comuns para as atividades distintas de forma alguma exclui outras áreas que possam ser de interesse dos jovens ou relevantes para suas comunidades. No entanto, deve-se lembrar que, em conformidade com seu método de ensino, o Escotismo proporciona prioridade para aqueles que estão relacionados a jogos, serviços e a natureza.
Duração
A duração das atividades distintas é muito relativa: Há atividades espontâneas ou instantâneas que são quase sempre "atividades de surpresa" e destinam-se a captar a atenção dos jovens, criar um momento de diversão ou preencher algum tempo imprevisto. Todos os monitores e escotistas precisam ter um estoque pronto de atividades, a experiência demonstra que eles sempre serão necessários. Alguns podem assumir a forma de um jogo ou música.
Atividades de curta duração, geralmente ocupam uma única reunião, exemplo, uma apresentação a cerca de uma lei escoteira, e atividades de média duração pode durar dois a três semanas (por exemplo: depois de aprender um método de reciclagem de papel, os jovens a fazer o livro de patrulha com folhas que fizeram).
Atividades de longa duração podem durar mais de um mês ou até mesmo um programa conjunto ciclo, ou demorar vários dias, durante um acampamento (por exemplo: escolher uma melodia, compor uma música, fazer os instrumentos para tocar, organizar um festival, apresentam as músicas e escolher o número vencedor). Neste caso, todas as patrulhas estão engajadas na mesma atividade, mas trabalhar separadamente.
Os projetos são de médio ou longo prazo tipo de atividades de duração, que envolvem um conjunto de atividades complementares realizadas pelas patrulhas a fim de alcançar um comum objetivo (por exemplo, para preparar uma festa de Natal em um lar para idosos, que envolve presentes fazendo, preparando números artísticos, a decoração do local, coordenando com a gestão do estabelecimento, a obtenção de recursos e muitas outras tarefas). Neste caso, as patrulhas realizar diversas atividades que contribuem para o sucesso do grupo. O comprimento de uma atividade é relevante para o planejamento, para os jovens, para os escotistas na proposição, seleção e elaboração dos mesmos.
Atividades espontâneas não precisam ser planejadas ou não incluídas no calendário de atividades. Eles normalmente são propostos pelo chefe da patrulha ou pelo escotista. Atividades de curta duração devêm estar no ciclo do programa de planejamento, mas uma atividade deste tipo também pode ser aplicada para substituir outra que não pôde ser realizada devido a circunstâncias imprevistas. No primeiro caso, a participação dos jovens nas propostas e na seleção, é obviamente maior que o segundo, em que monitor da patrulha ou o adulto responsável traz a atividade de seu "estoque" para estas situações.
Atividades de média e longa duração são as mais freqüentes nas atividades escoteiras. Estas resultam de propostas dos jovens através de suas patrulhas e necessitam de muito apoio dos escotistas no planejamento, já que exigem uma combinação de diferentes tipos de atividades complementares.
Simultaneidade
Para uma maior dinamicidade ou por uma questão de disponibilidade, pode haver mais de uma atividade ocorrendo ao mesmo tempo. Um exemplo é a plantação de algo, há uma necessidade de espera para que a atividade se conclua, o tempo da planta crescer, até lá ocorrerá outras atividades em paralelo.
Proficiência
São atividades que tem como objetivo incentivar os jovens a adquirirem e praticarem habilidades em áreas específicas, desenvolverem aptidões inatas e explorarem novos hobbies. Como resultado, elas elevam a auto-estima dos jovens através da confiança que vem com uma destreza. As atividades podem ser agrupadas em conjuntos:
ciência e tecnologia;
expressão, cultura e a arte;
esportes;
serviço a outros;
vida na natureza;
Uma proficiência oferece a oportunidade de explorar um novo campo de conhecimento, faz com que o jovem saiba mais sobre o tema escolhido, o escotismo procura também fazer com que o jovem efetue algum serviço usando os novos conhecimentos. O mais importante é ter a oportunidade de fazer as coisas e a aprender com a experiência adquirida como resultado. Uma vez que se precisa de certa quantidade de informações para fazer efetuar esse tipo de atividade, os jovens são os primeiros incentivados a procurar informações para eles mesmos.
Os jovens, assim, são encorajados a aprender por si próprios através das atividades que fazem, ou planejam fazer. O monitor incentiva esta busca de informações, apresentando o tema, estimulando o jovem para fazer novas descobertas e ajudando que a eles a tirarem conclusões sobre processo. Excepcionalmente e somente se o processo de auto-informação revelou-se insuficiente, o monitor pode proporcionar o conhecimento diretamente.
Pela mesma razão, os requisitos para reconhecer a competência só podem ser avaliados por aquilo que o jovem fez realmente. Um fotógrafo que expõe as fotos que tomou ou uma atriz que apresenta um esquete no fogo-de-conselho, ambos demonstram o que conseguiram aprender e demonstram as respostas certas sobre medição de luz ou técnicas da linguagem corporal. A avaliação será ainda melhor se o jovem demonstrar, para além da forma, como a proficiência permitiu que constituíssem um serviço útil a outras pessoas.
O fotógrafo poderia ilustrar o problema de leitos na área local e a atriz poderia participar de uma peça em um lar para idosos. Isso ajuda os adolescentes para experimentar a sensação de aprofundar sua integração social através da aprendizagem para si próprio e para outros. O emblema de proficiência, assim, testemunha a vontade do perito jovem a servir outros no campo da sua proficiência.
Conjuntura
Apesar do número de Escoteiros parecer elevado em números absolutos, é pouco relevante se analisado demograficamente.
Considerando os benefícios do Escotismo o número de atendidos poderia ser muito maior, quem lê os documentos escritos por Baden-Powell compreende que ele foi um homem de vanguarda na educação, há um século atrás ele já defendia muito do que hoje é considerado como novidade na educação: vida e trabalho em pequenos grupos, liderança e o uso da ludo educação (jogos), definição de objetivos, importância do exemplo como principal educador são apenas uma amostra dentre sua obra.
Simbologia

A flor-de-lis é o símbolo do escotismo mundial, a origem deve-se a utilização da mesma em cartas náuticas representando o norte com a sua ponta, assim como uma rosa dos ventos, além de ser o símbolo da monarquia francesa desde o século XII.
Baden-Powell então a escolheu como representação do movimento que ele criara, pois idealizava a direção que o escotismo seguiria desde então, a flor-de-lis para os franceses também representava pureza de espírito, luz e perfeição, atributos incorporados no escotismo até os dias de hoje.
Aperto de mão
Diferente do habitual aperto com a mão direita, o escoteiro se cumprimenta com a mão esquerda, devido a uma passagem vivida por Baden-Powell, aonde o chefe de uma tribo indígena estende a mão esquerda, com o argumento de que para tal ele tem de largar o escudo, depositando toda sua confiança no outro, mesmo que este seja seu adversário.
Sinal escoteiro
Com os dedos médio, indicador e anular unidos, simbolizando os três pilares da Promessa Escoteira (Deus, Pátria e o Próximo), e o polegar se sobrepondo ao mínimo, indicando a proteção do mais forte para com o mais fraco.
Saudação escoteira
Em todas as esferas, todos os membros do movimento escoteiro, ao se verem pela primeira vez no dia se saúdam, sendo o primeiro a ver o primeiro a saudar. A saudação também é realizada para cumprimentar autoridades, durante cerimônias de hasteamento e arriamento da Bandeira Nacional. A posição dos dedos, é a do sinal escoteiro, mas ligeiramente de lado a frente da testa.
Prática religiosa
O Escotismo respeita e estimula os jovens a buscarem ou participarem de uma religião, seja ela qual for, e não impõe determinada religião. Incentivando ainda, o jovem a seguir os preceitos que ela o apresenta.
O primeiro comprometimento de um escoteiro é com Deus
Como define a CNE:
Deus é sempre presente no dia-a-dia do escoteiro, e se espera que ele esteja no coração de todos os jovens. Deus é muito mais do que comprometimento. Ele não é apenas uma grande presença devido a Promessa. Ele é um uma parte da vida do escoteiro, mas além disso em todas as relações interpessoais Ele tem que estar presente. A Promessa contém um profundo comprometimento para com Deus. Assim, a primeira promessa que um escoteiro faz é prometer amar a Deus, já que o amor é uma dadiva cedida por Ele. Mas amar a Deus não significa amar somente a ele e sim dedicar o amor aos outros, a família, aos amigos, as coisas criadas por Ele e a Pátria. E é óbvio que a visão do amor à Deus depende da cultura e da religião de cada ser e isso é respeitado.
Referências
Livro: Lord Baden-Powell. Escotismo para Rapazes .Londres:
Livro: CARVALHO, Marcos; HUGO, Marcel. Escotismo para Rapazes .Curitiba:
Fonte: www.pt.wikipedia.org
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